sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

...


porque quando me amei de verdade percebi que não precisava das certezas pelas quais corria, e pelas quais não dormia.


compreendi que viver um dia de cada vez faz sentido e não tem grande ciência, se me amar de verdade...


compreendi também que com as pedras do meu caminho não vou construir um castelo que me proteja de tudo e todos, nem que mostre o quanto e como cresci, mas sim um passeio bem largo, que permita que todos voltem a mim e que contem comigo.

que o percorram sempre que precisarem de um ombro.


mesmo cansada, esgotada...esse ombro lá estará, com esse passeio a facilitar o caminho para quem precisar ou para quem, simplesmente, apreciar a companhia.


quando me amei de verdade percebi que tudo vale a pena

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"quando me amei de verdade"...

"quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto e então pude relaxar... hoje sei que isso tem nome... auto-estima.

quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou a ir contra as minhas verdades... hoje sei que isso é autenticidade.

quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento... hoje chamo a isso... amadurecimento.

quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa não está preparada, inclusivé eu mesmo... hoje chamo a isso respeito.

quando me amei de verdade comecei a despir-me de tudo o que não era saudável: pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me deitasse a baixo. inicialmente a minha razão chamou a isso
egoísmo...hoje sei que se chama amor-próprio.

quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro.
hoje faço que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo... hoje sei que isso é simplicidade.

quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e com isso, errei menos vezes...hoje descobri a humildade.

quando me amei de verdade, desisti de reviver o passado e de me preocupar com o futuro. agora mantenho-me no presente, que é onde a vida acontece... hoje vivo um dia de cada vez e isso é plenitude.

quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode atormentar-me e decepcionar-me, mas quando a coloco ao serviço do coração ela torna-se grande e valiosa...tudo isto é... saber viver!!!"

Charles Chaplin


"Oh God, make me good, but not yet!!!!!!!"

de espírito crítico, excêntricos, sensíveis, doces, dóceis, refilões, amigos, maus, geniais, diferentes... todos temos um pouco.
a intensidade destas características, em mim, varia...com o sol.
não, não é com o Sol, mas podia.
limita-se a variar com o estado de espírito, com as influências externas, com os outros, o que me dão e o que sinto que dou.
hoje, e desta vez digo que foi mesmo por causa do sol, senti-me genuinamente bem; comigo, com os outros...em plena harmonia com o universo.
a juntar a isto, alguém me disse hoje a frase que dá título a esta comentário e considerei que nada podia descrever melhor o meu estado de espírito.
sei que tenho muito a crescer, muito a melhorar, muito a aprender...mas enquanto der, deixo-me ficar assim, ao sabor do vento, com o brilho dos raios solares...
Carpe Diem...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

hello sunshine!!!!!!

sol, solinho...
apesar de adepta ferranha do inverno adoro o sol; e sol com frio...
é provavelmente quase um fetiche.
o dia de hoje está lindo,as noites têm estado estreladas...esta tempo de meia estação é lindo!

"Hello sunshine!
Will old darkness be my friend?
Hello sunshine!
To this you can put an end
Hello sunshine!
Why don't you please come around
Hey there sunshine!
Don't let me down
Hey there sunshine!
Please come around
Hey there sunshine!
My friend!Hey hey hey!
Hello dark cloudsI don't want you round no more
Hello tear drops
Why don't you stay from my door
Hello troubles
I can't stand your face for sure
Hey there sunshine!
Don't let me down
Hey there sunshine!
Please come around
Hey there sunshine!
Hello sunshine!
Will old darkness be my friend?
Hello sunshine!
To this you can put an end
Hello sunshine!
Why don't you please come around
Hey there sunshine!
Don't let me down
Hey there sunshine!
Please come around
Hey there sunshine!
Hello sunshine!
Sunshine, I need you!
Hey hey hey!I've gotta help you - hello sunshine!
When I'm down now.
Said I need you! Hello sunshine!
Please come around now! Hey hey hey!"

Jimmy Cliff

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

eu sei...

nem sei como não foi das primeiras ou mesmo a primeira letra de música que pus no blog...
isto até podia dar que pensar =)
seja como for, a letra é lindíssima e a voz da cantora, delicada, doce, suave...
tudo o resto, acho que posso dizer, que é uma filosofia!

eu sei...
"Se eu voar, sem saber onde vou...
Se eu andar, sem conhecer quem sou...
se eu falar, e a voz soar com a manha
Eu sei...
Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim,
E se um dia eu disser que ja nao quero estar aqui,
Só Deus sabe o que vira,
Só Deus sabe o que sera,
Nao ha outro que conhece tudo o que acontece em mim!
Se a tristeza é mais profunda que a dor..
Se este dia ja nao tem sabor...
E no pensar que tudo isto ja pensei...
Eu sei...
Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim,
E se um dia eu disser que ja nao quero estar aqui,
na incerteza de saber o que fazer, o que querer,
Mesmo sem nunca pensar, que um dia vais pensar...
Nao ha outro que conhece tudo o que acontece em mim...!"

Sara Tavares

http://www.youtube.com/watch?v=WMYhi17Zw2M

Dostoiévski...

assim vos deixo com o início de um livro absoluta e simplesmente delicioso.
o livro é " O Duplo" de Fiódor Dostoiévski, deliciem-se...

"eram quase oito da manhã quando o conselheiro titular Iakóv Petróvitch Goliádkin acordou do seu longo sono, bocejou, se esperguiçou e, finalmente, abriu por completo os olhos. (...)
já se lhe apresentava familiar o verde-sujo das paredes poentas e fuliginosas do seu quartinho, e também a sua cómoda de mogno, a mesa pintada de vermelho, o divã turco de oleado ruivo com florinhas verdes e, por fim a roupa despida apressadamente na véspera e atirada num monte para cima do divã. (...)
feita esta descoberta importante, o senhor Goliádkin fechou convulsivamente os olhos, como que lamentando a perda do sono recente e desejando fazê-lo voltar por um bocadinho. porém, não tardou um minuto e já pulava da cama, como se tivesse acertado no que tinha de fazer..."

por aqui continua o livro, com descrições maravilhosas, e com uma escrita, enfim...característica do autor.

desfrutem do prazer de um livro
=)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Salt
How can you lose your song?
When you have sung it for so long?
How can you forget your dance, your dance
When THAT dance is all you ever had?
It must be, it must be true
You can’t SEPARATE THE TWO
Oh no, you can’t It’s impossible to
do JUST like the salt in the stew
Oh my, it’s all
A part of you
One thing that life cannot do
Life can’t do it NO It
can’t take your song from you
So when life brings a chance, a chance
For you to give your part,
TO give your part away
Don’t just stand there
FEELING scared Don’t be afraid
'Cause there could be a treasure right there
Now listen, listen to THE truth
It does not matter, doesn’t matter what
TO do Still gonna BE you
Just like the salt in the stew
Yeah, it’s all A part of you And one thing,
the one thing that life cannot do
Hey, hey, hey, can’t do it
NO It can´t take your song from you
Life can’t take it, you DON’T give it
Life can’t take it It can´t take your song from you!"


http://video.google.com/videosearch?hl=pt-PT&lr=&rlz=1G1GGLQ_ENPT314&ei=LiyQSardD4THjAfJkuy_Cg&resnum=1&q=salt,+lizz+wright&um=1&ie=UTF-8&ei=4i2QSayzHeKtjAeoytWtCg&sa=X&oi=video_result_group&resnum=4&ct=title#

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

simplesmente...adeus

não procurem motivo oculto, nem segnda intenção, na publicação deste poema.
mais uma referência, mais um poema de eleição, mais um Sr...
porque há quem mereça ser conhecido e cujo talento mereça ser partilhado, simplesmente, porque sim...
desfrutem...


"Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus."

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Beatriz...

Olha,
Será que ela é moça?
Será que ela é triste?
Será que é o contrário?
Será que é pintura o rosto da atriz?
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha,
Será que é de louça?
Será que é de éter?
Será que é loucura?
Será que é cenário a casa da atriz?
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva para sempre Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ah, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha,
Será que é uma estrela?
Será que é mentira?
Será que é comédia?
Será que é divina a vida da atriz?
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida. . .


http://www.youtube.com/watch?v=KAggWL7WuGo&NR=1


http://www.youtube.com/watch?v=VucvCGF0i0g

diferentes, mas as duas versões são lindas...
a música, mais uma forma de amar...
de dizer que se gosta e o quanto se gosta
porque parece que assim soa melhor

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

força secreta daquela alegria...

com palavras soltas,frases de um grande homem,expressão bela de sentimentos e de palavras por dizer...

"Que roseira bonita
Que me olha tão aflita
Pela chuva que não vem
Corro pego o regador
Ela me olha com amor
Sabe o que lhe convém
Sabe o que lhe convém
Às vezes falo ao acaso"

"A coisa mais linda que existe..."

"Coisa mais linda nesse mundo
É sair por um segundo
E te encontrar por aí
E ficar sem compromisso
Pra fazer festa ou comício
Com você perto de mim
Na cidade em que me perco
Na praça em que me resolvo
Na noite da noite escura
É lindo ter junto ao corpo
Ternura de um corpo manso
Na noite da noite escura
A coisa mais linda que existe
É ter você perto de mim
O apartamento, o jornal
O pensamento, a navalha
A sorte que o vento espalha
Essa alegria, o perigo
Eu quero tudo contigo
com você perto de mim"
"A história da nossa ilusão"

"Agora é me dedicar
inteiramente ao nosso amor
cantar nossa música
agora é só decidir
onde queremos ir
armar nossa tenda, já
que a nossa varanda vai ser
a estrada da vida
por onde o sol passará
e a lua também virá
contar nossa lenda
e os tempos futuros vão
saber como foi
escrever nos muros vão
nas pedras do chão
a história da nossa ilusão"


"A espiral é de fumaça
e o pensamento é de cristal"...





Gilberto Gil

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

sentir...sinta quem lê...


"Se eu te podesse dizer
O que não te direi
Tu terias de entender
Aquilo que nem eu sei"




um colega de alguém, uma vez perguntou, porque é que nós, cá no norte, quando dizemos que vamos sair para tomar café, fazemos tudo, menos tomar café?
realmente, não sei porque o fazemos, mas foi uma boa observação.
o café funciona como pretexto para encontrar amigos, conhecidos, caras...
e de há uns tempos para cá, felizmente, este pretexto serve também para nos deliciarmos com, imaginem, pacotes de açúcar...estes quase nos pedem para os trazermos.
no pacotinho de açúcar de hoje (e para quem não sabe, até já fiz colecção!) uma referência a um dos meus escritores de eleição Sr Fernando Pessoa. um trocadilho tão interessante, que serve para qualquer um de nós, para valorizar as nossas características pessoais...o nosso "eu".



"haverá algo mais verdadeiro do
que ser pessoa entre a multidão?"




"Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo.
Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir?
Sinta quem lê!"

Fernando Pessoa